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  • Foto do escritorMarcelo Madeira

A sustentabilidade integrada

Atualizado: 3 de nov.

À medida que presenciamos a ação predatória nas questões socioambientais em escala mundial ao longo das últimas décadas, também tem se evidenciado o surgimento de iniciativas significativas, mesmo que não totalmente abrangentes, no intuito de abordar tais desafios.


Um marco nessa trajetória foi a criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1983.


Sob a liderança da ex-primeira-ministra da Suécia, Gro Harlem Brundtland, a comissão tinha como propósito central a formulação de abordagens realistas para lidar com as questões ambientais. Posteriormente, em 1987, o conceito de "desenvolvimento sustentável" fez sua estreia no Relatório Brundtland, produzido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, uma divisão das Nações Unidas (ONU).


Mas afinal de contas o que significa desenvolvimento sustentável? À primeira vista parece-me um conceito contraditório.


O desenvolvimento é linear, baseado no crescimento e na exploração da natureza, frequentemente gerando desigualdades. Em contrapartida, a sustentabilidade é cíclica e inclusiva, enraizada na biologia e na ecologia.


Portanto, a Sustentabilidade busca o equilíbrio dinâmico, a cooperação e a coevolução, garantindo a inclusão de todos os seres.



Há diversas dimensões da sustentabilidade, que devem estar continuamente articuladas e integradas. Essas dimensões abrangem o ambiental, o social e o econômico.

Tal conceito reflete uma abordagem profundamente holística e interconectada para lidar com os desafios ambientais e a relação entre os seres humanos e o ecossistema.


A expressão "sustentabilidade integrada", portanto, sugere um enfoque que vai além de simplesmente adotar práticas ecológicas. Ela reconhece que a sustentabilidade não se limita apenas à proteção do meio ambiente, mas envolve interações complexas entre três pilares principais:


1. Sustentabilidade Ambiental: Envolve a proteção e preservação dos recursos naturais, a minimização da poluição, a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas. Trata-se de garantir que as atividades humanas não excedam a capacidade regenerativa da Terra.


2. Sustentabilidade Social: Concentra-se no bem-estar das comunidades e na promoção da equidade, justiça social e qualidade de vida para todos. Isso inclui acesso à educação, saúde, segurança alimentar, moradia adequada e igualdade de oportunidades.


3. Sustentabilidade Econômica: Diz respeito a práticas econômicas que sejam viáveis a longo prazo, sem comprometer recursos futuros. Envolve o desenvolvimento de modelos econômicos que considerem os impactos sociais e ambientais das atividades econômicas.


Para alcançar um futuro sustentável, é fundamental encontrar soluções que abordem simultaneamente essas dimensões, evitando conflitos entre elas. Por exemplo, um projeto de desenvolvimento econômico deve ser avaliado não apenas por seu potencial de lucro, mas também por seu impacto ambiental e social.


No entanto, é importante reconhecer que a adoção de uma abordagem tão profunda requer uma mudança cultural significativa.


Uma das maiores barreiras que nós enfrentamos são os interesses econômicos e políticos que priorizam o crescimento em detrimento da sustentabilidade, a inércia institucional e a dificuldade na cooperação global. E, sejamos francos, um consumismo desenfreado.


Superar esses obstáculos exigirá esforços coordenados em níveis governamentais, mas também individuais.


Caros ouvintes, chegamos ao fim de mais um episódio inspirador sobre sustentabilidade integrada. É hora de nos despedirmos, mas antes, quero reforçar a importância de levar adiante as discussões e práticas que exploramos hoje.


A sustentabilidade integrada não é apenas um conceito, mas um chamado para uma nova maneira de viver e de interagir com o nosso planeta e com todos os seres que o habitam. Ela nos convida a equilibrar nossas ações e decisões, considerando os pilares ambiental, social e econômico.


Lembrem-se de que cada escolha que fazemos, por menor que pareça, pode contribuir para um mundo mais sustentável e harmonioso. Seja reduzindo o consumo de recursos, apoiando práticas justas e éticas, ou promovendo a conscientização, cada passo conta.

A jornada em direção à sustentabilidade integrada é desafiadora, mas repleta de esperança e oportunidades. Ela nos leva a um futuro em que a humanidade e a natureza coexistem em equilíbrio, onde o bem-estar de todos é valorizado.


Continuem a explorar, aprender e agir em prol da sustentabilidade integrada. Compartilhem essas ideias com suas comunidades, inspirem mudanças e construam um mundo melhor para as futuras gerações.


Texto, Narração & Sonoplastia de Marcelo Madeira


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